"No Princípio..."Com estas palavras tem começo a cosmogônia no Velho e no Novo Testamento. "Princípio"refere-se ao início da criação finita, advinda do Eterno Infinito - Espírito, que não é nem o começo e nem o fim. Antes de vir a existência todas as formas da criação, o espírito já existia. Esse Imanifestado Absoluto não pode ser descrito, exceto que Este era o Conhecido, o Conhecedor e o que virá a ser conhecido existindo como Um. Nele o ser, a consciência cósmica e a onipotência existiam sem diferenciação: sempre existindo, sempre consciente e sempre do mesmo modo e feliz espírito. Neste estado de Bem Aventurança Eterna, não havia nem tempo nem espaço, nenhuma concepção dualista ou lei de relatividade; tudo que foi, é, ou tenha existido é o Espírito Indiferenciado. (Yoganada, Paramahansa. The Second Coming of Christ - The Resurrection of the Christ WithinYou. 1. ed. Los Angeles: Self-Realization Fellowship, 2007. vol.1. p. 8.)
Caros amigos, este é o ponto de vista do Mestre Yogananda a respeito do mesmo debate travado no texto anterior. Como se observa, o Mestre chama atenção para o fato de que a existencia tem início com a percepção. Assim, a forma que se apresenta é moldada pela consciência do observador que constrói sua realidade de acordo com a capacidade de sua cognição. Logo, do inferido, podemos concluir que o Universo é concebido através da percepção que, por sua vez, possibilita (constrói possiblidades) o dimensionamento do perceptível. Não seria isso o processo do verbo vindo a ser no contexto cósmico da criação descrito na biblia?
Fica aqui a dica para reflexão dos leitores.
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